Fruta do pé

Tiago, fazendo cara de pouco amigo por causa de meu pedido para pegar, tipo, a goiaba que estava no lugar mais difícil de ser alcançado.

 E aqui, saboreando(apesar da expressão tensa) o fruto que deu tanto trabalho.

Fotos: Dantas

This is it #2

Saudade de cartas

I ♥ Black


A fotografia em minha vida

Queria poder mirar a câmera em algo que acho bonito e fazer a foto sair como realmente vejo e sinto aquilo, sabe? Mas não é bem assim na prática. E é por isso que vou sair por aí, com a câmera tosca de meu Smartphone para ver o que faço com o que tenho por aqui, porque a cidade e suas paisagens não ajudam, meus amigos não ajudam e tirar fotos de mim mesmo em frente ao espelho exibindo a marca de meu celular e/ou com o braço direito sempre esticado à mostra nas fotos não me parece nada bonito.
Enfim…

A foto: Meu cachorrinho, Black - um dacshund, sendo mirado por um biscoito simpático que traz a forma de um coração no meio, e... click! :c)

Foto e texto: Dantas

1 peso, 2 medidas


Gosto de como algumas palavras de significados iguais ganham interpretações diferentes quando as imagino antes de falar. É o caso das palavras 'dividir' e 'compartihar'. Gosto mais de usar 'compartihar' do que 'dividir', apesar de uma ser sinônimo da outra. Mas é que 'dividir' parece que estamos partindo uma coisa em pedaços e dando um pedacinho a cada um, quando 'compartihar' lembra algo que pertence a todos, e que você é um dos responsáveis pelo serviço de informar que todo mundo merece ver, sentir, experimentar aquilo. Cai como uma luva para definir a função dos blogs. A coisa aparece na Internet e os blogueiros estão por aí compartihando com o mundo inteiro, chamando todo mundo pra festa, pro debate, pro fascínio. Isso é quase uma prova de amor.♥

Estático, ou seja, apaixonado



Tirando o óbvio - ansiedade, suor frio, sorrir por qualquer bobagem, estômago se contraindo, coração acelerado - sabem quando sei que estou reamente apaixonado por aguém? Quando por causa de sua ausência e/ou ausência de notícias suas, eu fico completamente estático. E isso é irritante, odiável. A pessoa some e a minha vida para. Fico desperso, inerte, aéreo, e só consigo me concentrar em algo ou seguir o fluxo normal de minha vida quando ele dá notícias ou consigo falar com ele ou o vejo - o que vier primeiro. É uma merda.

Todas as minhas ações ficam a mercê de seu comando, como se ele realmente tivesse um superpoder como um super-herói cujo dom é congelar as pessoas enquanto ele não está presente. E isso é ridículo, repugnante. Só saio do lugar quando ele me dá um sinal - positivo,claro. Dai, se isso acontece parece que tudo se desencadeia, se decodifica; Portas se abrem, luzes se acendem, vidros se desembaçam. Que patético. Odeio me sentir assim, tão submisso.

Mas eu sei o que tenho de fazer. Eu só tenho que ter uma vida. Só isso. Sim, porque quem está numa situação dessas a ponto de ficar totamente inerte pela ausência de alguém que ele nem sabe se ao menos gosta dele, só pode ser alguém de uma vida muito mesquinha. Vergonha alheia de mim mesmo.

Ah, mas a paixão é assim mesmo pra todo mundo, não é gente?
...
Não é?...Hein?! Vamos, me animem!
Arr... =/

Ilustração e texto: Dantas

Para a posteridade



Que chato que algumas coisas só funcionam bem em filmes... Mas não é por isso mesmo que procuramos vê-los - pela beleza e magia que não se encontra na vida real? Peraí, não se encontra ou não procuram e deixam passar batido? Mas sério, seria tão legal que algumas coisas acontecessem como nos filmes e fossem bem quistas. Como em O Fabuloso Destino de Amélie Poulain quando Amélie resolve ajudar as pessoas criando situações que todos acreditam ser milagres ou alguma mágica nas suas vidas.Uma pessoa como Amélie, na vida real, seria tachada de louca e muitas afastariam-se dela alegando constrangimento. Quem dera que sempre quando chamassem os outros de loucos fossem pelos motivos que Amélie dá.

E tem também Severin, a dominatrix do filme Shortbus(que pra quem nunca ouviu falar tem esse link aqui, porque me reservarei a falar apenas da Severin e, vou logo adiantando, não se animem, porque a personagem em si não traz nada de espetacular. Nem o filme é tão surpreendente quanto pensa que é), cuja vida social é um desastre, e talvez por isso ela carregue sua polaroid pra cima e pra baixo, fotografando estranhos em seus momentos mais vulneráveis, diante dela. Quando a foto é revelada, ela escreve um fragmento de sua interpretação sobre aquela pessoa - uma palavra que a define naquele instante, para ser mais objetivo.
 
Uma das cenas é essa da foto que ilustra o post, quando uma senhora aparentemente elegante tenta pegar uma coisa que deixou cair em um bueiro. Severin está passando, para e fotografa a senhora naquela posição humilhante e depois escreve "Bad day" na foto, atrás/acima da velha. Numa outra cena, trancada num armário com um ex-garoto de programa, que lhe confidencia que o maior preço que já pagaram por ele foi $ 389 dólares, Severin captura-o nesse instante e escreve $ 389 ao lado de seu rosto, na foto, e lhe entrega. Daí ela comenta que aquela é a sua arte. E sabe, isso é tão bonito.

Desde muito tempo eu penso em fazer algo parecido.Mesmo antes de ver o filme. O que eu pensava em fazer era uma foto de alguma parte do corpo da pessoa , conhecida ou estranha, num momento interessante e especial, para lembrar depois. Por exemplo: poderia fazer uma foto dos sapatos, de um anel no dedo, de algum objeto que ela segurava na hora em que me disse algo marcante...Daria um close em um detalhe que chamasse a minha atenção e teria uma lembrança intensa daquele momento. Mas nunca me dispus a fazer isso. Acho que tem faltado momentos interessantes também. Ah! E uma câmera que não ocupe muito espaço e que seja ao mesmo tempo boa.

Também já pensei em um caderno de recordações, com fotos desse tipo e frases legais ouvidas de recém-conhecidos ou de qualquer um por aí, que eu considerasse singular. Ou poderia ser também uma caixinha que guardaria objetos que representaram também algum  momento significativo. Por exemplo: Conheço uma pessoa numa sorveteria e ela é aquele tipo de pessoa que te consquista no primeiro papo - inteligente, bonita e te surpreende com coisas que você adora. Eu pegaria a pazinha de sorvete dela e colocaria na caixinha, quando chegasse em casa. Seria um jeito bonito de lembrar daquele dia, de levar uma parte dele para a posteridade.

Mas esse, com certeza, seria um hábito que daria motivos para me tacharem de louco e me olharem com cara de pouco amigo(e quem liga?) ou pior, imaginem a cena: eu peço algo, um objeto, papel, qualquer coisa pra eu recordar daquela pessoa e ela pensa que sou um maníaco obcessivo que está apaixonado e quer ter algo seu porque nao consegue mais viver longe dela, e - meu Deus! - é claro que não é isso. Ou pior ainda: e se pensam que é para macumba, simpatia, essas coisas? Sim, porque é a primeira coisa que passa pela cabeça de muita gente. Muita gente neurótica, claro. Por isso, é melhor esperar a oportunidade certa e pegar uma coisa assim - ao natural - como a pazinha de sorvete. Mas se a pessoa não for do tipo neurótica, eu me permito pedir e vou ser feliz.

Abaixo, um exemplo de como Severin faz com suas fotos no filme:


Peguei essa foto de um amigo meu que no instante da fotografia estava cantando alguém do outro lado da linha ao mesmo tempo que tentava seduzir a pessoa que o fotografou. Então, usei a palavra 'galanteador' de uma forma irônica, para brincar com suas tentativas toscas de sedução. :c)

Foto 2 e texto: Dantas

Quando cães precisam ser adestrados


Eu nao tenho medo de cachorros, desde que eles não sejam do meu tamanho. Mas tem gente que morre de medo como se o cachorro fosse, sei lá, um animal pré-histórico de origens misteriosas com grandes garras e presas prontas para arrancar um pedaço da perna delas.Pff! Alguns até podem arrancar sua perna, mas os que latem por nada ou pelo simples arrastar de sandálias no chão,quando alguém ''ousa'' passar por sua rua ou calçada, são sempre aqueles que não fazem nada o dia inteiro e talvez, por isso, seja esse o seu hobby - perturbar transeuntes.

Eu não tenho medo de ameças que saem em forma de latidos. A única coisa que posso dizer sobre quando passo por uma rua que tem um cachorro latindo para qualquer sopro de vida que se aproxima dele é que eles me cansam.Sim, porque o conjunto latidos + cara feia + uma ameaça indicando um 'corra-se-não-eu-te-pego' só consegue me deixar tenso e profundamente irritado com eles por barrarem meu caminho e ameaçarem morder minhas canelas como se fossem os reis do território. E repito: eles não me metem medo mesmo.Eles só me deixam putos por atrapalharem a paz de minha caminhada, me fazendo desviar minha rota ou apressar os passos ou diminuí-los quando tudo que eu queria era meu direito de ir e vir, sem alterações.

E por me causarem tantos transtornos psicológicos, dedico-lhes um post inteirinho.Não a eles , exatamente, mas aos seus donos, que mesmo percebendo o quanto seus cãezinhos são incovinientes a cada vez que acham conviniente, não se dão nem o trabalho de pensar em um jeito de torná-los mais tolerantes. Apenas ficam lá,de seu portão(isso quando ficam lá): "Bob! Para,Bob! Entra pra dentro!"(sic).Por que não vão lá , simplismente, e arrastam o cão para dentro aproveitando para pedir desculpas por perturbar a paz civil?


Em tempo:
Língua falou, c* pagou: Quando escrevi esse texto, o ano passado,ainda não tinha um cachorro.Agora temos um(meu irmão,eu), e é incrível como ele é inquieto. Se já leram ''Marley & eu'' basta eu dizer que me sinto como John e Jenny lidando com seu amado e insano cão. O meu é um lindo Dachshund chamado Black(o da foto no fim do post).Ele é hiperativo e sobe em cima de todo mundo que vem aqui em casa como se todo mundo fosse seu dono,ou fossem os seres mais brincalhões do planeta. O máximo que estou conseguindo fazer é gritar com ele, dar-lhe umas palmadinhas e retirá-lo do ambiente para deixar de incomodar.Mas preciso me esforçar mais, muito, muito mais.


Foto 2 e texto: Dantas

It's not me, it's you


Pobres cantores estreantes considerados fenômenos, depois que o primeiro álbum é sucesso mundial, nunca mais eles têm um lançamento de álbum tranquilo. Os críticos, os fãs, os fãs a ser conquistados - todos estarão apostos, com pedras nas mãos, aguardando o lançamento. Daí o álbum é lançado e Jesus diz: "Aquele que não tiver gostado, atire a primeira pedra". Se o segundo álbum, por exemplo, for igualmente bom ao primeiro, o artista é acusado de lado B (usar músicas que não foram usadas no primeiro álbum) e , assim, ser repetitivo.Ele ganha umas 2 estrelinhas. Se for tão bom quanto o primeiro - "Parabéns champ! Você conseguiu. É isso aê". E ele ganha 3, 4 estrelas.Se for pior que o primeiro - depedração! Mas, quem sabe, ainda 1 mísera estrelinha. Mas e se for surpreendente? Conseguindo superar a qualidade do primeiro e tudo mais?... Nasce uma estrela! E pronto, ele leva todas as estrelas a que tem direito. Calma, nem sempre. E já já explico o por que do 'nem sempre'.

A paranóia em cima de um segundo álbum de um artista que obteve sucesso no primeiro é tão grande que alguns deles se entregam e entram na brincadeira, como Lily Allen, que batizou seu segundo álbum de ''It's not me, it's you'', referindo-se claramente à pressão de críticos e público que esperam não um segundo álbum bom, mas um segundo álbum perfeito. É cruel porque, né, o artista, ás vezes, acaba se descaracterizando e muitas vezes perde um pouco de sua essência para ceder ao mercado.Ele já não pode fazer o que quer com seu próprio álbum, tem de agradar a gregos e troianos, mesmo que não admita, mesmo que lute pra manter seu estilo, mas se quiser continuar no show business, tem que se vender em algum momento, nem que seja uma venda quase imperceptível ou disfarçada por uma vibe experimental.

LiLy se deu muito bem no seu segundo, obrigado. Tá lá, com um certo sucesso garantido.Mas calma srtª Allen, esse é apenas o segundo, e é aqui que explico o 'nem sempre' do parágrafo anterior. Apesar do segundo álbum ser sucesso, isso não significa que o artista já está consagrado, porque existe aquela teoria de que o terceiro - só o terceiro, meu bem - é que vai dizer se o artista é bom mesmo e se continua no mercado. Cruel,eu disse. Mas foi assim com Madonna,Michael Jackson, por exemplo, cujos terceiros álbuns foram considerados tão bons quanto ou melhores que os dois anteriores, ou pelo menos foram os que mais venderam e cruciais para os tornarem as lendas que são hoje. Já Cyndi Lauper e Alanis Morissette, coitadas, não tiveram a mesma sorte, pois no terceiro álbum, ambas não agradaram tanto e decaíram, desde então.E foi realmente um baque porque os dois primeiros das duas são considerados incrivelmente bons, cada um na sua época. Acho que podemos chamar esse momento de A Maldição Do Terceiro Álbum.

Mas sabe o que acho pior? É quando o artista depois de certo sucesso e respeito, ou seja, um grande artista veterano, começa a fracassar tentando provar que ainda é bom, e já não lhe dão crédito porque acham que ele não é mais o mesmo e não se levanta mais.E é aqui que entro com minha teoria de 'faz-de-conta'. Explico: Peguem um álbum recente de um artista veterano consagrado(Madonna,Rolling Stones, não sei) e imaginem que é o cd de estréia de um novo artista.Vocês acham que ele não seria um grande sucesso? Seria, eu acho.Porque está lá a experiência,a sonoridade e a essência daquele artista que já provou que é bom, mas que muitas vezes não é valorizado porque estão sempre comprarando as porras dos álbuns novos com as porras dos álbuns e estilo que os consagraram. E é aí que os veteranos se fodem. Na maioria dos casos, bastaria separarar a imagem do artista de hoje da antiga e poderíamos avaliar o álbum por suas canções e essência,e não se perguntando o por que do artista estar agindo assim ou assado agora. Se fossem de um cantor estreante, muitos álbuns de grandes artistas, considerados fracasso, seriam considerados sucesso e alguns até fenômeno, ouso acreditar. Mas a maldição dos álbuns posteriores aos primeiros de sucesso acompanham os artistas pelo resto de suas vidas.

Amy Winehouse está prestes a viver essa pressão, novamente. Vamos ter a oportunidade de tê-la como objeto de análise em breve, ou seja lá quando ela decidir soltar o seu terceiro álbum. Ela é um caso raro em que o segundo álbum é superior ao primeiro, em vendas, sucesso, só pra resumir.Mas cuidado com o terceirão,Wino! Cuidado mesmo porque o povo não perdoa; A mídia não perdoa. Mas eu ando perdoando,sabe. Ando tentando ouvir os álbuns novos de cantores do passado com a boa vontade de entender o que sentem hoje e respeitando o talento que eles já nos provaram em seus álbuns de maiores sucessos. A essência ainda está lá, embora os tempos sejam outros. É tosco dizer isso mas muitas vezes perdemos de apreciar um bom trabalho por preconceito à nova imagem de um artista. Claro, existem aqueles que decepcionam em algum momento, mas não acho que seja o caso de grandes nomes como Rolling Stones, Bob Dylan, Paul Mccartney...nesse caso, como disse Warren Beaty sobre Madonna, lá no final dos anos 80: "Acho que deveríamos relaxar e curtir".

Massa


Meus amigos não leem livros - estão cagando para a literatura. Estão sempre alegando fata de tempo ou que é porque não conseguem se concentrar.Tá;

Meus amigos não são apaixonados por cinema - qualquer terror/suspense com muito sangue e tentando ter um enredo surpreendentemente bem arquitetado quando, na verdade, é bem patético ou uma comédia com péssimos atores tentando arrancar risos a cada minuto, quando também é apenas patética, lhes garantem a diversão;

Meus amigos semicerram os olhos diante de quadros famosos de grandes pintores mas logo se cansam. Compreendem apenas pinturas de paisagens, como aquelas com montanhas ao fundo.Qualquer coisa além disso já parece totalmente sem sentido;

Meus amigos só ouvem o que toca na rádio, mas ainda se atrevem a citar a diferença entre Billie Holiday e Ana Carolina - Billie Holiday é chata, Ana Carolina, massa.

Resumo da Ópera: meus amigos me deprimem quando o assunto é arte.

Já os amigos de meus amigos estão num nível mais avançado de mongolismo cultural.Rasos feito pires, nunca disseram nada cutural/intelectualmente marcante nas nossas várias conversas.Eis o porque de serem apenas amigos de meus amigos e não meus.

Texto: Dantas

This is it

Pretexto

Não vou classificar o blog, pois todas as vezes que tentei fazer isso ele acabou não sendo nada do que se propunha a ser. Então, pra eliminar as frescuras de uma apresentação de um blog, digo apenas que tudo que aparecer por aqui (além de ter o intúito de ser uma prestação de serviço para vocês(quem?) de coisas bonitas, úteis e agradáveis) é apenas um pretexto para falar de mim.

De qualquer forma, está tudo explicadinho no menu em "Considerações' e 'Categorias'.

fim.